"A nova penitenciária estadual de Maringá, o que deveria ser um motivo de tranquilidade para a sociedade e para os próprios detentos está sendo alvo de incompetência, maus tratos e até mesmo abuso da "autoridade". Com certeza ela foi planejada para a readaptação daqueles que um dia não cumpriram a Lei. Mas não é isto o que está acontecendo. Os presos passam fome, são humilhados e constantemente são agredidos por aqueles que são chamados de "Senhor". Lá dentro se anda de cabeça baixa, mãos para trás e muito MEDO. Não desejo aquele lugar a ninguém. Não estou reinvindicando mordomia, mas sim disciplina! Onde deveria ser aplicado métodos de educação, trabalho e não de espancamento e medo entre aqueles que querem realmente sair de um presidio renovado e restaurado. O CDP, tem maneiras inadequadas para adaptação de pessoas a sociedade. Aqueles AGENTES, não são treinados para cuidar de pessoas que realmente precisam de cuidado. Lá dentro existe, fome, medo, tristeza, choro. Eu Franciele Neves, sou uma dos familiares que sofrem ao ver seus entes naquele lugar. Não tem visitas íntimas, ao menos um rádio ou biblioteca para distração de quase 900 detentos. Nas últimas semanas nos deparamos com uma situação totalmente apavorante. Jornais e noticiários revelam uma rebelião. Os detentos reinvindicaram, banho de sol, visita aos domigos o dia inteiro e visita íntima. Pois de acordo com o RECURSOS HUMANOS, o ser humano não pode e nem consegue viver sem ver e sentir a luz do sol ou mesmo sem relações sexuais (mas lá eles são privados até disso). O que pretendo com esse desabafo é declarar que nesta rebelião mais de 30 presos foram feridos gravemente com mordidas de cachorro, socos e ponta pés. Eles estão sem roupas e condições de higiêne precária. Alguém precisa fazer algo, pois parece que na cidade de Maringá não existe competência dos Orgão Públicos." OS DETENTOS PRECISAM DE DISCIPLINA E NÃO DE ESPANCAMENTO". Entendam isto como um apelo a sociedade, imaginem a situação das mães, pais, esposas daqueles que já estão privados da liberdade, nós passamos por constragimentos, momentos de frustações. Precisamos de ajuda de algum orgão competente. A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS."
Da leitora Franciele Neves
Mais um livro sobre Educação do Campo
Há 11 anos
"Pois de acordo com o RECURSOS HUMANOS, o ser humano não pode e nem consegue viver sem ver e sentir a luz do sol ou mesmo sem relações sexuais (mas lá eles são privados até disso)."
ResponderExcluirTirando os erros de concordância/significado... CDP não é motel, nem resort, muito menos spa. Os detentos estão ali para pagar os "débitos" com a sociedade.
Concordo que a violência não leve a nada, e que o medo não é a maneira mais efetiva de controle.
Acredito que a melhor maneira de incluí-los na sociedade, e ao mesmo tempo, fazer com que paguem por seus delitos seja através de trabalho. Cavando valas, construindo/aumentando celas (construindo casas populares talvez), pavimentando ruas, etc.
Além de estarem ajudando a sociedade como um todos, estariam se ajudando aprendendo um ofício.
E ainda mais, estariam ocupados demais para pensar em rebeliões, fugas, ou visitas intimas...
Também acho que os prisioneiros deveriam se ocupar, trabalhar, estudar, melhorar a auto-estima e a estima dos outros porque do jeito que funciona é pra piorar tudo mesmo.
ResponderExcluirNas prisões públicas do Canadá, quem trabalha nao recebe salário mas recebe desconto na pena, quem estuda e passa também. Mas o que acho brilhante no sistema penitenciário canadense é o programa de justiça reparadora que eles experimentam, inspirado no sistema de justiça dos autoctones. Neste sistema eles preparam vítima e algoz para se encontrarem sob a tutela de um psicólogo. O objetivo nao é fazer a vítima perdoar mas fazer com que o delinquente compreeenda porque o que ele fez é injusto e porque ele deve cumprir sua pena. A vitima tem a oportunidade de ouvir as razões do seu agressor e de lhe expor todo o mal que ele a fez sofrer. O primeiro resultado nem sempre é positivo e às vezes exige mais de um encontro para que os dois consigam falar tudo o que sentem. Tanto a vítima quanto o agressor compreendem que existe algo a aprender da experiência do mal e o resultado na recuperação da vitima quanto na reintegração do delinquente é geralmente positivo.
É comum encontrar ex-prisioneiros participando deste programa como agentes da justiça reparadora, ou mesmo com agente de integração social de delinquentes juvenis e andarilhos.
Pra fazer funcionar um sistema penitenciario que vise reintegrar o preso, ou pra implantar este tipo de programa de justiça reparadora é preciso investimento.
No Brasil a carga de impostos é uma das mais altas do mundo e certamente ha dinheiro de sobra pra investir em obras e programas sociais. O problema é que uma boa parte dos nosso impostos vai para os bolsos das grandes fortunas pelas mãos de políticos corruptos. Estes sim são os verdadeiros criminosos, que matam indiretamente boa parte dos 45 mil brasileiros que morrem por ano neste país por arma de fogo.
No Canada, o número de homicídios por ano não chega à 300 e os impostos não passam de 15% da renda.